Essa foi minha primeira Olimpíada “consciente” que eu assisti morando no exterior. Digo consciente porque em 2008 meu filho ainda estava pequeno e eu tinha muitas outras prioridades além de ficar olhando esporte na televisão… desculpe, mas foi assim mesmo.
Mas nesses Jogos Olímpicos de Londres a situação foi outra. Meu filho, agora com quase 7 anos, de férias, fissurado em futebol e cheio de energia, pôde ficar muitas noites até mais tarde para ver os jogos. Se encantou com a natação (o que até o inspirou a tentar o nado borboleta no lago aqui perto de casa!), o atletismo, a canoagem, o hóquei, o levantamento de peso, cintando os que ele teve a oportunidade de assistir. Note que em nenhum desses esportes o Brasil conquistou medalhas ou era um forte candidato….
Dava-me gosto de vê-lo acompanhar e me chamar quando havia um brasileiro disputando e torcer pela nossa vitória, reconhecer a bandeira, os nomes… Mas há momentos em que a gente se sente mais expatriado do que nunca!
O que me fez sentir mais “peixe fora d’água” foi o fato de sempre querer ver algo diferente dos outros 80 milhões de pessoas que vivem aqui. Havia somente 2 canais televisionando os jogos que, obviamente – para eles, priorizava onde haviam alemães ou, pelo menos, europeus competindo. Então passei a semana inteira vendo atletismo e os fortões do levantamento de peso, enquanto o Brasil jogava vôlei de quadra e de praia, futebol, basquete, judô…
Conclusão: acompanhar, mesmo, só pelo App do celular!!!
Os únicos jogos do Brasil que assisti foi a final do vôlei de praia e do futebol! Os dois em que o Brasil perdeu… E ainda porque a final era contra um time europeu! Pensei que ia ser fácil… eles nem sabem jogar vôlei de praia… eles nem têm praia, cáspita! 🙂
Passada essa “revolta”, ontem assisti à festa de encerramento do evento. Comentários à parte – a festa foi mesmo de arrepiar – fui invadida por um orgulho e uma emoção imensa ao ouvir o Hino Nacional naquele estádio lotado, ao perceber que as pessoas de todas as nacionalidades e culturas estavam apreciando a pequena “introdução” ao que será daqui a 4 anos. O locutor dizia que já estava imaginando a Olimpíada no Brasil, que o nosso povo certamente vai garantir o alto astral para todos…
E na verdade, não menosprezando nossas qualidades de competição (nós tivemos excelentes surpresas em Londres e vamos caminhar mais ainda para frente), nosso maior talento é sermos o que somos: alegres, divertidos, musicais, excelentes anfitriões. Um povo que acolhe quem quer chegar e já o convida para sambar!
Eu já estou ansiosa por 2016! E quero fazer de tudo para viver essa emoção, no meu país!
Querida, dentro ou fora do país, as emoções tomaram conta qdo o Hino Nacional foi tocado diante daquela multidão! Foi lindo, lindo!
San, também me emocionei, e quero estar lá em 2016.
O Rio vai ficar pequeno pra acomodar tanto expatriado “coruja”… 🙂