São Paulo continua a metrópole insana da minha infância e juventude. O povo brasileiro segue simpático e prestativo. Os amigos são ainda mais queridos do que me lembro. E a família ainda mais essencial.
Após uma separação voluntária de três anos me vejo turista na minha terra natal. Saí do país há quatorze anos, mas nunca havia ficado tanto tempo sem visitá-lo. Só percebi quanta saudade eu carregava no peito quando cheguei. Saudade do abraço apertado, do sorriso aberto, da mão estendida, da vibração da cidade, e da comida brasileira, italiana, árabe, portuguesa, japonesa, enfim de todas as culinárias executadas à perfeição nos restaurantes da cidade.
Saudade é uma palavra exclusiva da nossa língua portuguesa, e as vezes por isso mesmo, parece que falando no meu idioma de nascimento, até o sentimento que a palavra exprime se torna mais agudo. E quando o saudosismo é agudo, os defeitos tornam-se aceitáveis, afinal não convivo com eles no dia-a-dia. O trânsito não incomoda tanto, e a poluição, que eu sei, continua terrível, parece não ser tão intensa quanto eu lembrava. É, parece que estou vendo a cidade com lentes cor-de-rosa mesmo. E não pretendo tirá-las, estou de férias e quero mais é desfrutar desta sensação boa, mesmo que imprecisa.
Portanto, apesar de São Paulo seguir insana, vou me ater ao carinho que recebo na casa dos amigos e familiares, e seguirei ignorando o caos ao meu redor.
Dri, nada como estar na terrinha! Quer dizer vc está em Sampa? Seja bem vinda e curta mesmo essa metrópole insana!!!!!
Estamos curtindo muito Lurdes! Obrigada!