Em 22 de abril de 1970 foi celebrado o primeiro Dia da Terra. O objetivo do senador americano Gaylord Nelson era trazer os problemas ambientais do planeta para a esfera política americana que infelizmente segue até hoje esquiva como nos mostrou o Protocolo de Kyoto.
Hoje espera-se que um bilhão de pessoas no mundo inteiro se mobilizem em apoio ao Dia da Terra. Nossa missão é demonstrar claramente aos nossos líderes que queremos sim um futuro baseado em sustentabilidade num planeta onde as mudanças ambientais que nós geramos ameaçam nos destruir.
Frustrados com a falta de políticas internacionais “verdes”, ativistas buscam forjar um novo acordo a ser assinado em junho na conferência das Nações Unidas que terá como tema: “Economia verde, desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza”. O evento está confirmado para acontecer de 4 a 6 junho de 2012, no Rio de Janeiro. A Rio 2012 vai marcar os 20 anos da Eco 92, que também ficou conhecida como Cúpula da Terra ou Rio 92.
Temos divulgado o Dia da Terra em nossa página no facebook – http://www.facebook.com/hallohellonet– durante toda semana, e hoje que é o Dia da Terra parei para avaliar o que eu, como cidadã do mundo, faço pelo meu planeta. Honestamente, muito pouco, sigo o calendário do bairro com os dias e horários certos para regar as plantas, somente ligo lava-louças, lava-roupas e secadora quando estão devidamente lotadas, não deixo a torneira aberta enquanto escovo os dentes, tento não deixar luzes acesas em ambientes que não estão sendo usados, e reciclo de acordo com as regras da Georgia, que não são das mais completas, no geral essas são ações simples que não exigem sacrifícios, e que se todos praticarmos fazem diferença.
Mas agora tenho uma filha escoteira – brownie – que toma banhos eficientes de três minutos, usa o verso dos papéis que o papai imprimi para fazer rascunhos de lições, e anda pela casa apagando as luzes esquecidas. Ela é uma verdadeira polícia ecológica dentro de casa, só não encara a irmã de treze anos, que segue tomando banhos um tanto prolongados, porque não é louca, ela pede para eu interceder com a fera adolescente, espero que a moça aprenda a sonhar acordada a seco em breve.
Quando trocamos o telhado da casa há dois anos orçamos painéis solares, mas ficava muito caro, e teríamos que derrubar várias árvores do nosso quintal para termos boa exposição ao sol. Não valia a pena. Ainda há que se investir muito em tecnologias verdes para torná-las acessíveis.
Adri, acho que esse é um dos pontos mais divergentes entre os dois países em que vivemos. Os alemães são os pioneiros em ecologia, foram eles que inventaram esse negócio, há mais de 100 anos já se fala no assunto por aqui. As políticas públicas para proteção ambiental são bem abrangentes, vão muito além da coleta seletiva de lixo. A opinião pública é bem consciente e exige cada vez mais das empresas e governo que se estimule investimento em tecnologia limpa e na eficiência dos processos produtivos. Quem faz isso primeiro sai na frente com o consumidor, sejam eles carros, eletrodomésticos, casas….
Aliás ultimamente tenho me informado bastante desse assunto de casa. A construção de casas eficientes atingiu níveis impensáveis até 10 anos atrás (tanto para alvenaria quanto para madeira) e hoje é uma tecnologia acessível ao cidadão comum construir-se com um sistema de calefação totalmente independente de gás (petróleo), apenas aproveitando-se energia de dentro da Terra (sim, faz-se um buraco para “pegar” a energia, o que funciona como uma geladeira ao contrário) ou queimando-se paletes de madeira, por exemplo. A eficiência de troca consegue-se com paredes super vedáveis e vidros de 3 camadas, que não deixam o calor de dentro sair nem o frio de fora entrar. Além do mais, o próprio calor gerado em casa por lâmpadas, fogão, pessoas, etc entra no sistema, que o redistribui para o resto da casa, diminuindo ainda mais a necessidade de captação de calor externo. Impressionante. É possível ainda fazer a casa ser auto-sustentável com a instalação de painéis solares, o investimento é subsidiado pelo governo e há garantia de compra do excedente de energia produzido pelos painéis. Tem muuuuuita gente que já fez, ao andar pelas cidades nota-se a quantidade de telhados que já produzem energia solar. Parece um admirável mundo novo.
Pois é San, os Estados Unidos ainda tem muito que evoluir.